Reunião de Meio de Safra 2011
Na reunião de Meio de Safra 2011 a importância dos números foi o grande destaque por meio das palestras e dos estudos de caso. Claudemir Bernardino abriu as apresentações do dia reforçando que antigamente a produção era mais importante. Mas hoje, a produção deve ser feita com qualidade, baixo custo e menos perdas. “São os números que vão direcionar as decisões, investimentos em equipamentos, treinamento e estratégia”, afirmou Claudemir.
Na palestra seguinte, Fernando Henrique aprofundou a utilização dos números como ferramenta estatística. “Por meio dessas análises podemos avaliar correlações entre as variáveis e, com os resultados, determinar os novos investimentos das unidades. Isso torna a precisão dos números primordial”, afirmou Fernando Henrique. Para ilustrar o trabalho do dia a dia com os números Fernanda dos Santos Ferrari, do Grupo Virgolino Oliveira, mostrou o software que a usina utiliza para gerenciar os números e como são avaliados para tornar a unidade mais competitiva. Para capacitar os profissionais a utilizarem os números de forma correta, uma boa parte do tempo da reunião foi dedicada aos estudos de caso. Rudimar comandou os trabalhos e forneceu orientações a todos os grupos.
Agrícola e fermentação
No período da tarde o professor Paulo Castro da Esalq entrou na parte agrícola. Castro mostrou diversos aspectos da fisiologia da cana que podem ser alterados pela chuva, condições de solo e temperatura. Já Henrique Neto fez uma comparação da safra anterior com a atual até o mês de junho na agrícola e na indústria. O estudo mostrou que a agrícola sofreu um pouco com as mudanças climáticas, já que em 2009 choveu muito e 60 milhões de toneladas de cana não foram cortadas. Já em 2010 a seca reduziu a brotação e o número de plantas por hectare. Com isso houve aumento significativo na infestação por brocas, de 20% entre 2010 e 2011. A diferença entre palha e terra não foi significativa o que mostra avanços na colheita mecanizada. A indústria apresentou bons índices nesta safra com a redução de 32% na contaminação do vinho e aumento de 44% na permanência de leveduras selecionadas.
Henrique Amorim finalizou o dia de palestras mostrando os bons resultado alcançados até agora com a levedura FT858L. Segundo Amorim, nas 11 unidades em que foi utilizada, a levedura teve persistência de 73% e dominância de 33% em 120 dias. Elas dominaram onde houve maior utilização de ácido e de teor alcoólico, ou seja, em condições mais estressantes. No encerramento da Reunião de Meio de Safra, Henrique Neto leu um texto do professor Marins que reforça a importância de medir. Esse foi o recado da reunião, medir, medir, medir sempre.