Scifer apresenta resultados e traça os desafios para 2016

O Scifer, Simpósio Científico Interno da Fermentec, que completa cinco anos em 2015, é um momento em que os colaboradores apresentam todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano e dão algumas pistas do que será prioridade no ano seguinte nos campos da pesquisa e da tecnologia buscando sempre a eficiência e a otimização de custos no setor sucroenergético.

Na abertura do Scifer, realizado na sede nesta sexta-feira (11/12), o diretor científico da Fermentec, Mário Lúcio Lopes, lembrou que 2015 foi o Ano Internacional da Luz. O tema foi escolhido pela Unesco para estimular as pesquisas na área de energia sustentável. Também em 2015 a Teoria da Relatividade, formulada pelo físico alemão Albert Einstein, completou 100 anos. Toda essa inspiração científica se traduz em serviços cada vez mais sofisticados que ampliam a sinergia entre agrícola e indústria e estabelecem processos e metodologias de última geração.

Durante a manhã de palestras, uma retrospectiva de todos os resultados alcançados durante o ano mostrou como os procedimentos automatizados enviam aos técnicos informações precisas para a identificação de problemas no processo. Também foi possível conferir o refinamento dos controles químico e microbiológico para aproveitar ao máximo o potencial das leveduras na indústria e a consolidação de produtos revolucionários, como as leveduras personalizadas®, a Fermel® (levedura mais adaptada ao melaço) e o ALTFERM.

Além da continuidade no aprimoramento das tecnologias já existentes, a Fermentec se prepara para lançar o StarchCane®, um processo de produção de etanol com a utilização simultânea de cana e milho. A fermentação com milho, adotada há muitos anos por usinas do Canadá e Estados Unidos, está sendo adaptada ao padrão brasileiro e esta transição apresenta uma série de vantagens. Neste processo, o excesso de biomassa das leveduras produzida durante a fermentação do caldo da cana, é inoculado junto ao mosto de milho. Com as leveduras já ativas, já que não há necessidade de propagá-las diariamente, o ciclo fermentativo é menor. O objetivo hoje é chegar a fermentações de 30 horas, ou seja, cerca de 25 horas a menos em relação ao sistema atual.

No encerramento do Scifer, o vice-presidente da Fermentec, Henrique Amorim Neto, destacou que em 1977, ano de fundação, a empresa tinha três clientes: Usina da Pedra, Vale do Rosário e Santa Elisa. “Essas usinas são nossas clientes há 38 anos e no trabalho realizado pela Marina Biagi Barros na ESALQ com 33 unidades processadoras de cana de açúcar, verificamos que a Fermentec trouxe um retorno da ordem de R$ 8 bilhões ao setor e temos muito orgulho de fazer parte desta conquista”, concluiu Amorim Neto.