Mais uma vez a Fermentec trouxe aos profissionais das suas usinas e destilarias clientes diversos dados de pesquisas e melhorias importantes que aumentaram o rendimento e a eficiência das unidades. A Reunião Anual da Fermentec foi aberta com uma homenagem a Cícero Junqueira Franco, um dos idealizadores do Proálcool que faleceu em maio deste ano. O presidente da Fermentec, Henrique Amorim, lembrou o entusiasmo, as ideias inovadoras e liderança do empresário no setor.
Tecnologia e Resiliência foi o tema do evento que completa 39 anos em 2016. Henrique Amorim iniciou o dia de palestras relembrando alguns exemplos de desafios que foram superados na indústria, como a diminuição de terra na cana, o uso da levedura CAT-1 para reduzir o impacto do alumínio na fermentação e as leveduras personalizadas, que hoje são utilizadas por 24 unidades. Amorim ainda abordou as tecnologias ALTFERM que eleva o teor alcoólico para 12%, o ALTFERM 16, cujo teor chega a 16%.
Durante a Reunião Anual foi feito o lançamento da tecnologia StarchCane, que permite a produção paralela de etanol de cana e milho. A tecnologia foi desenvolvida pela Fermentec e patenteada em 2015. Com o StarchCane é possível manter a usina em funcionamento por 345 dias por ano. Uma das leveduras desenvolvidas pela Fermentec, a personalizada FT858L, é capaz de fermentar a glicose, a maltose e a maltotriose, promovendo uma quebra de paradigma, pois antes se pensava a fermentação com etanol de milho apenas com leveduras geneticamente modificadas. Com o subproduto do milho, o DDG, é aberta outra possibilidade de negócios, a sua venda para a alimentação, especialmente ração animal. O DDG possui alto valor proteico e pode substituir em 100% o farelo de soja e em 30% o próprio milho. A produção de etanol de milho consome menos vapor, eletricidade e água e tem payback ao redor de um ano. Todas as informações foram apresentadas por Alexandre Godoy, da Fermentec, durante o encerramento do primeiro dia da Reunião Anual.
Para o vice-presidente da Fermentec, Henrique Amorim Neto, a resiliência é o ponto chave para a busca de soluções. Ela destacou o trabalho que foi feito em uma usina no Canadá que reduziu o tempo de fermentação de 66 para 50 horas e aumentou o teor alcoólico na fermentação de 15 para mais de 17%. Todas as palestras apresentadas mostraram que com trabalho e tecnologia muito já foi feito, mas ainda há um enorme espaço para otimizar as operações, concluiu Henrique Neto.