Qualidade da água de preparo de polímero

Interferência de agentes contaminantes na eficiência do preparo e desempenho do floculante

A Skills Química está no mercado de polímeros floculantes e coagulantes da linha Floerger há mais de 20 anos trabalhando com o segmento de açúcar e álcool. Contando com técnicos em campo com vasta experiência na aplicação destes insumos, ela vem desenvolvendo variados trabalhos que visam aumentar o desempenho do produto na planta industrial.

Um destes trabalhos foi a avaliação qualitativa e quantitativa da interferência da presença de agentes contaminantes – tais como cloro e dureza – na água de preparo do polímero em relação à performance observada do produto na decantação do caldo de cana e nas demais aplicações em que são utilizados.

É sabido que a presença de agentes contaminantes na água de preparo do polímero pode hidrolisar a estrutura molecular do produto, pois agentes de caráter catiônico reagirão com as cargas aniônicas de polímeros de caráter aniônico, por exemplo. Na Figura 1 está ilustrado como estas cargas positivas atuam sobre a cadeia polimérica aniônica.

Figura 1: Atuação das cargas positivas dos agentes contaminantes sobre a cadeia polimérica

Uma maneira de avaliar o desempenho do floculante em laboratório é através de testes com o equipamento JAR TEST que simula a decantação do caldo. Nestes testes observa-se de maneira qualitativa a floculação, o tamanho dos flocos, o tempo de sedimentação e a compactação do lodo formado. Eles também possibilitam a análise quantitativa de transmitância, turbidez e cor do caldo clarificado. Quanto maior a transmitância, menores turbidez e cor, melhor terá sido a eficiência de remoção de sujidades pelo polímero.

Esse foi o princípio do teste feito para determinar o quanto a presença de cloro residual na água de preparo influencia na performance do produto. No Gráfico 1 é possível visualizar a queda na média das transmitâncias do caldo clarificado com o aumento do cloro residual na água de preparo.

Gráfico 1: Média das transmitâncias do caldo clarificado com o aumento do cloro residual.

Observou-se que com 7 ppm de cloro residual na água de preparo a transmitância do caldo clarificado reduziu 29,21% em comparação com a utilização de água deionizada.


Com relação à dureza na água de preparo de polímero, foi feito um teste em planta em unidade parceira da Skills Química utilizando a água de poço que habitualmente é utilizada para preparação do floculante, que estava com dureza alta, em média de 43 mg/kg, em comparação com um preparo feito com água desmineralizada, ou seja, que não apresenta dureza.

A unidade possui 4 decantadores e tem como padrão fazer um teste de decantação em proveta para avaliar o tempo de decantação de 50% do volume da proveta. Os resultados obtidos estão descritos na Tabela 1.

Tabela 1: Tempo do teste de proveta e dosagem de polímero em relação à vazão de caldo nos 4 decantadores, variando a qualidade da água de preparo.

Observou-se, portanto, que a presença de dureza na água de preparo interfere significativamente na dosagem necessária de polímero e também no tempo de decantação.


Por todo o exposto, recomenda-se fortemente que a unidade utilize a melhor água disponível para o preparo do polímero, para que seja otimizado o seu desempenho, evitando desperdícios e melhorando a relação custo-benefício da unidade.

Caso existam questionamentos, sugestões ou interesse que façamos testes referentes a estes e outros assuntos relacionados com o desempenho do polímero em sua unidade industrial, entre em contato conosco pelo e-mail contato@skillsquimica.com.br ou pelo telefone (14) 3652 5156.

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