As torres de resfriamento são utilizadas para resfriamento dos fluídos como água, vinhaça e efluentes, advindos dos equipamentos e maquinarias que geram calor durante sua operação. Sua utilização visa não somente manter os processos operacionais trabalhando em continuidade como também auxilia o meio-ambiente, evitando o descarte desnecessário da água.
O projeto de torre de resfriamento de água exige o conhecimento de vários princípios básicos de engenharia. Requer inclusive as aplicações práticas destes princípios, utilizando os melhores materiais e técnicas existentes, a fim de obter os resultados desejados. Para isto, os componentes básicos precisam ser projetados para formarem uma unidade integral. Destacamos alguns deles:
1) Estrutura: A torre precisa não somente suportar o peso dos componentes básicos como equipamento mecânico, enchimento, eliminador de gotas, etc, como também o peso da água em circulação, cargas de vento e até mesmo abalos sísmicos. A estrutura de suportação também tem grande impacto dependendo do tipo de fluído que será resfriado, podendo ser em aço carbono/galvanizado, concreto ou PRFV pultrudado.
2) Enchimento: Localizado na parte interior da torre de resfriamento, o enchimento de contato tem como função aumentar o tempo de contato entre a água e o ar, acelerando o processo de refrigeração do fluído. Portanto, é de extrema importância a definição correta de qual enchimento deverá ser utilizado em uma torre, em especial para o setor sucroalcooleiro, pois há fatores como: qualidade da água (se terá arraste de açúcar, se será vinhaça, etc) e tipo de ambiente (se será carregado de bagacilho, poeira, etc), pois o enchimento precisa ser dimensionado para promover a troca térmica adequada com a menor resistência ao fluxo do ar possível, evitando entupimentos ou perda de carga térmica.
3) Eliminador de Gotas: Possui duas funções importantes para a torre de resfriamento: retém as partículas de água do processo de evaporação que são aspiradas pelo ventilador, e esta água acumulada escorre e retorna para a bacia de água fria, assim como também auxilia na uniformização do fluxo do ar.
4) Distribuição de água: Cada célula da torre tem um sistema de distribuição de água independente, a qual precisa ser dimensionada corretamente para que a queda d’água (conhecido como “chuva”) seja uniforme dentro da torre, evitando pontos de fuga ou pontos secos. A VETTOR disponibiliza dois tipos distribuição de água, sendo:
a) PRESSÃO – Formado por duto principal e ramais, fabricados em tubo de PVC ou PP reforçado com PRFV. A conexão com a rede hidráulica é feita por flange de PRFV, fabricado conforme norma ANSI B 16.5.
b) GRAVIDADE – Composto de canaletas principais em PRFV e ramais em tubos de PVC ou também em canaletas de PRFV. A conexão com a rede hidráulica e feita por intermédio de flange de PRFV, conforme norma ANSI B 16.5.
Após sua partida, é necessário ter um esquema de manutenção planejado racionalmente e executado rigorosamente, pois este, sem dúvida, é responsável não só pela durabilidade e eficiente operação do equipamento, como também pela redução dos custos de manutenção. A manutenção corretiva, onde as peças são substituídas após a sua quebra, deve ser substituída pela manutenção preventiva. Nesta, as peças são substituídas periodicamente – quando necessário –, ou são feitas limpezas adequadas para se manter a eficiência.
Durante a manutenção, é preciso atentar-se que, por ser um equipamento que contém vários componentes construídos em materiais plásticos e inflamáveis, mesmo que os mesmos sejam auto extinguíveis, deve-se tomar cuidados extras nas manutenções para evitar incêndios na planta ou perda de célula, comprometendo todo o processo, como: nunca fumar ou usar chama aberta próxima ao equipamento, não executar trabalhos de corte, solda elétrica ou de oxiacetileno junto ao equipamento e, menos ainda, utilizar maçarico ou qualquer outro equipamento que solte fagulhas.
Tanto o início de um projeto como o pós-partida de uma torre de resfriamento tem demandas e peculiaridades operacionais que devem ser analisadas caso a caso, portanto, é importante receber um estudo técnico responsável, assim como ter a garantia e confiabilidade de que tanto os materiais empregados na construção da torre como a mão-de-obra sejam de qualidade, garantindo que o funcionamento de todos os processos sucroalcooleiros se mantenham constantes e sem risco de perdas.
A empresa Vettor é patrocinadora do Webmeeting Fermentec Reunião Anual 2021