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Diante de um cenário de produção de cana cada vez mais cara, novos contaminantes oriundos da colheita mecanizada e automação constante de processos industriais e laboratoriais, a Reunião de Início de Safra 2014 da Fermentec abriu novos horizontes e reflexões sobre quais atitudes deverão ser tomados pelas usinas e destilarias “Qual é a nossa real capacidade? Como vamos encontrar um rumo para o setor permanecer vivo?” questionou Claudemir Bernardino na abertura do evento.
A manutenção da competitividade deve obrigatoriamente passar pela otimização de custos. Para isso, a Fermentec apresentou durante a reunião uma série de ferramentas exclusivas, como o benchmarking apresentado por Fernando Henrique Giometti, o único do setor que passa por uma rigorosa revalidação periódica “identificamos, por exemplo, uma diferença de RTC (recuperado total corrigido) de 7,1% do melhor para o pior cliente, o que representa R$ 15 milhões”, afirmou Giometti.
Segundo Rudimar Cherubin, a extração com a cana picada, o alto endividamento e as variações climáticas tornou a operação na agrícola muito mais cara, tornando crucial sua maior integração com a parte industrial. Além da comunicação mais eficiente entre agrícola e indústria, o investimento em metodologias é outra ferramenta indispensável para sobreviver no setor sucroenergético.
Por isso, a Fermentec acompanha as mudanças nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, conforme foi apresentado por Eder Silvestrini, investe em pesquisas para a determinação de açúcares que prejudicam o rendimento da fermentação (oligo e polissacarídeos), abordados por Eduardo Borges e elabora novos cálculos a serem utilizados pelas unidades clientes em 2014 que informam de forma mais precisa o rendimento geral da destilaria e o RTC com o sistema sendo desenvolvido por Paulo Vilela.
Na parte sobre equipamentos, Armando Gameiro Junior mostrou as evoluções no desempenho e na segurança do digestor quente/frio e um comparativo entre os equipamentos nacional e importado, o re-desfibrador África do Sul.
Leveduras
Desde a década de 70 as usinas iniciavam a safra com leveduras de panificação, mas mais tarde a técnica da cariotipagem que elas não permaneciam no processo mais que duas semanas. Com a cariotipagem foi possível isolar leveduras com dominância e persistência. Assim, a CAT-1, PE-2 e a FT 858L foram um divisor de águas no processo de fermentação. Agora há um novo patamar, as leveduras personalizadas. Hoje 9 clientes Fermentec possuem suas leveduras personalizadas e para a próxima safra o número deve subir para 13.
Mário Lúcio Lopes mostrou que assim como a cariotipagem foi fundamental para selecionar leveduras, o DNA mitocondrial permitiu a identificação de parentes de linhagens selecionadas e personalizadas, que da mesma forma apresentam persistência, dominância e proporcionam alto rendimento fermentativo.
As leveduras personalizadas são o presente e o futuro da fermentação alcoólica, afirmou Henrique Amorim Neto “O desafio agora é trabalhar suas características para conseguirmos pelo menos uma levedura personalizada em cada unidade que produz etanol no Brasil. Essas pesquisas são muito importantes, pois acreditamos que será base para a evolução do etanol de segunda geração”, concluiu Amorim Neto.
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